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As Diferenças entre Refogar, Saltear, Confitar e Flambiar

Isto não é exclusivo da culinária, com o passar do tempo não só a linguagem evolui como as técnicas e significados, mas na culinária, parece que estamos sempre a misturar calão, variações da língua, com estrangeirismos, com nomes de receitas e técnicas, quantas vezes eu vejo uma receita de estufado e depois de ler a receita… humm isto não é um estufado! ;D

Ou uma caldeirada ou um confitado e não ficamos só por ai, por isso nada como examinar alguns termos de tempos em tempos, claro que podem visitar o nosso dicionário de culinária, mas também não faz mal falar um pouco sobre cada técnica e talvez clarificar alguns pontos ;D

Eu falei no outro dia sobre as diferenças entre um guisado, estufado e refogado, porque fizeram essa pergunta na nossa secção de perguntas e respostas de culinária e quando a resposta vai ser tão longa como um artigo… bem mais vale fazer um artigo hehehe, de qualquer formar achei que mais valia completar esse artigo falando de mais uma técnicas, por isso aqui vai!

Diferenças entre Refogar, Saltear, Confitar e Flambiar

1. Refogar – Esta é uma técnica de culinária que envolve cozinhar os alimentos lentamente em gordura, geralmente utilizando uma pequena quantidade de azeite, óleo ou manteiga. O objetivo é amaciar e realçar os sabores dos ingredientes, resultando numa textura macia e saborosa. Este normalmente na cozinha portuguesa é a base de uma variedade de outros pratos. O exemplo mais comum é o refogado de cebola e alho com um fio de azeite, este depois de bem tenro pode ser usado para todo o género de pratos.

2. Saltear – Como o nome diz saltear (saltar), esta é uma técnica de culinária que envolve cozinhar rapidamente os alimentos num lume bem alto, mexendo constantemente, em inglês é chamado de stir-fry (fritar mexendo). Os ingredientes são fritos rapidamente de forma a preservar a textura e cor, resultando em pratos rápidos, vibrantes e crocantes. O exemplo clássico é saltear verduras, como no prato tradicional português roupa velha, em Portugal saltear é algo menos comum, enquanto que nas culinárias asiáticas eu diria que é tão comum como o refogado na culinária portuguesa.

3. Confitar – Esta é uma técnica culinária que envolve cozinhar um alimento em gordura numa baixa temperatura por um longo período de tempo (se a temperatura fosse alta seria fritar). O processo de confitar confere uma textura extremamente macia e suculenta aos ingredientes, além de aprofundar o sabor, no entanto, não deixa de ser uma técnica que confere um alto nível calórico ao prato. O exemplo clássico da cozinha portuguesa é confitar bacalhau em azeite, este é um prato absolutamente divinal e uma verdadeira iguaria, mas é daqueles pratos só para degustar uma vez por ano ;D

4. Flambear ou Flambiar -Esta é uma técnica culinária que envolve adicionar bebidas alcoólicas, como vodka, conhaque ou rum, a um alimento quente e então incendiar para criar uma chama momentânea. Isso adiciona um sabor característico aos pratos, normalmente evaporando o álcool, mas deixando o travo da bebida e claro também proporciona uma apresentação espetacular. O exemplo mais comum é dos crepes suzette ou do pudim inglês de natal, ambos são normalmente servidos e flambeados na mesa.

 

E já está, espero que tenham gostado do artigo e claro como sempre se tiverem duvidas, podem dizer nos comentários até a próxima!

2 Comentários

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    • De nada ainda bem que gostaste! ;D Eu por vezes também tenho duvidas e também é bom relembrar que podes cozinhar de diversas formas não é! hehehe

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